Quem acompanha meu blog ou
convive comigo deve saber que eu gosto de olhar minha vida de modo cômico,
mesmo as coisas românticas ou desgraças que acontecem comigo. É isso que os
roteiristas Emily V. Gordon e Kumail Nanjiani fazem em “The Big Sick” a comédia
romântica do casal está concorrendo ao Oscar na categoria de melhor roteiro
Original. O filme tem 98% de aprovação no Rotten Tomatoes e uma nota de 7,8 noIMDB.
Sinopse
O comediante e motorista de Uber Paquistanês Kumail Nanjiani
(Kumail Nanjiani) se apaixona pela estudante de psicologia Emily Gardner (Zoe
Kazan), mas o romance acaba quando suas culturas entram em conflito. Quando
Emily contrai uma doença misteriosa e entra em coma, em risco de vida, Kumail
percebe o quanto ela é importante e tem que resolver seus conflitos emocionais
entre sua família, sua cultura e seu coração.
Choque de cultura
Achou que eu não faria referência ao Choque de Cultura? Achou errado, otário! Ok, referências a parte...
Relacionamento entre pessoas de
etnias diferentes é algo que nunca foi muito bem visto, como falamos no artigosobre “A forma da água”, e como é abordado no filme "Corra!". Até hoje em dia existe algum preconceito ou choque
cultural quanto a isso.
Essa é exatamente uma das
problemáticas do filme, Kumail vem do Paquistão onde a população tem o costume
de fazer casamentos arranjados entre casais da mesma cultura. Além disso, todos
aqueles que não seguem essa tradição, se casando com alguém que não é
paquistanês, é expulso da família e todos os familiares são proibidos de falar
com eles.
Isso coloca Kumail em uma
situação delicada onde ele não conta para sua família que está namorando uma
garota branca americana e também não conta a verdade sobre essa tradição à
Emily. Esse fato desencadeia a briga entre o casal no final do primeiro ato
quando Emily descobre as fotos das garotas paquistanesas que Kumail mantém
guardado em uma caixa de charutos.
É explicito que Kumail não tem
interesse nenhum em viver segundo a cultura da família. Seu desejo é viver como
um americano, mesmo que ele próprio tenha um espetáculo onde fala sobre sua
vida no Paquistão. Mas o medo de perder a família o faz reprimir esse sentimento,
mentindo para todos ao redor de si.
De fato, Kumail só percebe o
quanto Emily é importante no momento em que ela adoece e ele insiste em
visitá-la no hospital. Mesmo assim, ele segue mantendo as tradições com a família, deixando que sua mãe leve sempre uma mulher diferente para o jantar até ser confrontado por seus pais após recusar uma dessas mulheres.
Conflitos e conflitos
Como falamos no artigo sobre ThePost – A guerra secreta, Conflitos são importantes para manter uma trama viva.
No caso de “Doente de Amor” existem muitos conflitos rolando. Não apenas os
conflitos entre Kumail e seus familiares, mas também com os pais de Emily, em
especial a mãe desta.
Devido as mancadas de Kumail, os
pais de Emily estão bem cientes do quão ruim ele foi para a garota.
Logicamente, não estão interessados em sua preocupação. Eles deixam bem claro
para Kumail que ele não é bem vindo no hospital.
É interessante aqui que, diferente da grande maioria das comédias românticas em que o casal passa por várias coisas desenvolvendo seus laços, em "Doentes de amor" o protagonista desenvolve seus laços com os pais da garota. Claro que os laços e romances entre Kumail e Emily se desenvolvem durante o namoro, mas boa parte do filme trabalha no relacionamento de Kumail com os pais de Emily.
Há, nesse ponto, alguma
semelhança entre Kumail e o pai de Emily, já que este também machucou sua
esposa profundamente no passado. O pai de Emily é do tipo que evita conflitos.
É um homem passivo e que não entra numa briga facilmente, exatamente como
Kumail que esconde a verdade de todos para evitar conflitos.
Mas os conflitos aparecem mais
cedo ou mais tarde, o que ensina a Kumail que não importa o quão prejudicial
possa ser para si mesmo, ele precisa contar a verdade e tomar decisões.
Um filme simples e sincero
Se a sinceridade é algo marcante que Kumail teve que aprender, ele expressa sua evolução sobre isso no roteiro. “Doente de amor” é uma afirmação
do romance dos escritores. Um filme simples e sincero. Kumail e Emily da vida real colocaram nas 114
páginas do roteiro sua história de amor muito bem contada. É, de
fato, uma história inspiradora para muitos casais que passam por crises e
problemas.
Kumail e a verdadeira Emily |
Doente de amor está concorrendo ao Oscar de melhor roteiro original e é uma ótima sugestão para quem gosta de comédia romântica com uma pitada de drama.
Eu amo esse tipo de história, a história que Kumail Nanjiani escreveu vale muito a pena. Ele tem muito talento. Seus dubs são muito bons, o que ele fez em Lego Ninja Go foi excelente. Sempre fui fã do desenho animado filme, eu gosto por que em cada produção procuram incluir uma mensagem e não somente para os pequenos, pois podemos aprender muito destas produções e nos divertir ao mesmo tempo. Juro que vale muito a pena ver, por que apesar de que é uma historia feita completamente para crianças, sente que esta muito bem adequada para que qualquer membro da família possa ver e ficar encantado com a história.
ResponderExcluirEu ja curtia Kumail antes e gosto ainda mais dele depois de assistir esse filme. E tb gosto demais de desenhos animados!Da Pixar principalmente, mas acho q todo mundo gosta da Pixar... é muito loko que tem algumas coisas em desenhos que só entendemos depois de adultos e lições que percebemos quando estamos mais velhos também.
ExcluirObrigado pelo comentário, Mariana!