google.com, pub-0226795176202024, DIRECT, f08c47fec0942fa0 O Rei do Show é um espetáculo como deve ser - Marcos Bossolon

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O Rei do Show é um espetáculo como deve ser


Geralmente eu não assisto um filme repetidas vezes. O único filme que havia feito isso no passado foi com “Ponte para Terabithia” que gostei tanto que assisti três vezes seguidas, comprei o livro e o releio até hoje. Mas mesmo com Ponte para Terabithia eu não ousei pagar para assistir novamente (tinha de graça no youtube). Porém, com O Rei do Show não apenas assisti duas vezes em menos de uma semana como paguei pelo ingresso no cinema em ambas as vezes. Provavelmente assistirei novamente nos cinemas.


O Rei do Show (The greatest showman no original) conta a história de P. T. Barnum, um grande showman dos Estados Unidos famoso por fundar o circo Barnum & Bailey Circus. No filme tudo é romantizado e claro... tudo mentira. O filme pouco tem a ver com a verdadeira história de Phineas Taylor Barnum. Convenhamos, se foi para contar a história de um homem famoso por promover as maiores fraudes do mundo, o filme ser uma fraude quanto à história verdadeira é uma bela homenagem.
Apesar da história alterar quase tudo da vida do grande Showman, O filme em si é um espetáculo aos olhos. As músicas são excelentes (estou há dias ouvindo a trilha sonora sem parar no spotfy) e as coreografias são ótimas. Um destaque especial para “This is me” interpretado pela mulher barbada Lettie Lutz (Keala Settle), nomeada ao globo de ouro como melhor canção original.


Keala Settle e elenco cantando "This is me"

O filme coloca Barnum como um sonhador filantropo que, após ser demitido abre um museu e, vendo que não teria sucesso, convoca as pessoas mais exóticas da cidade para um espetáculo. Nesse ponto, um dos temas do filme é sobre inclusão e o preconceito da sociedade. Em tempos como o nosso em que riscam latas de refrigerante por não aceitar conter imagens deartistas, uma discussão como essa é bem vinda. No filme Barnum coloca essas pessoas exóticas e excluídas da sociedade por serem consideradas aberrações e os coloca no picadeiro como iguais, como astros. Parafraseando as palavras que o crítico James G. Bennett (interpretado por Paul Sparks) diz no filme: é uma celebração à humanidade.


A diversidade e representatividade presente no circo de Barnum

Mas o sucesso sobe à cabeça de Barnum que, querendo conquistar a classe alta passa a dedicar sua atenção à uma turnê com a cantora europeia Jenny Lind (Rebecca Ferguson). Essa dedicação à classe alta o faz negligenciar seu circo e seus companheiros chegando até mesmo a cometer o mesmo erro que as demais pessoas cometem ao tentar evitar que eles se misturem com as pessoas chiques e ricas que ele tanto deseja conquistar e impressionar.

Se as músicas do filme são viciantes, as coreografias são igualmente um espetáculo aos olhos. Trazendo toda a diversidade dos integrantes do circo em um misto de cores, tamanhos e formas, as coreografias nos deixam admirados ao olhar para a tela. Junto, as musicas e as coreografias nos encantam e transmitem uma energia digna de um espetáculo de circo.




Se por um lado, a parte musical nos encanta, ela também disfarça um roteiro que poderíamos chamar de fraco. No entanto, o conjunto como um todo se sai muito bem, sendo um dos melhores filmes de 2017 (quiçá o melhor). Creio que é um tipo de história que deu certo por ser um musical, pois caso não fosse, poderia ser monótono e pouco encantador. Se você for ao cinema esperando ver uma bela história fiel e com uma boa trama e plot twist incrivel, tenho que admitir que existem filmes bem melhores por aí. 

Mas, se sua intenção é ver um belo musical, O Rei do Show não te decepcionará. Caso você tenha algum preconceito quanto a musicais (há pessoas que detestam), este talvez possa te fazer mudar de ideia ou pode ser uma porta de entrada para começar a apreciar mais esse gênero.

No geral, O Rei do Show é um espetáculo como deve ser e oferece um ótimo entretenimento para toda a família. É divertido e inspirador. O Rei do Show estreou dia 28 de Dezembro nos cinemas brasileiros e vale a pena conferir. 

Ps: deixo com vocês esse vídeo maravilhoso da Keala Settle cantando This is me no estúdio para se emocionarem com a excelente performance dessa mulher





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